quinta-feira, 6 de março de 2008

MINHA ALDEIA

Minha aldeia é simples
Como um presépio de natal
Tem um rio
Algumas canoas cobertas
De limo lodo lama
Peixinhos cor de sangue fazem festa
Em rebôjos e peraus
Há quintais
Com pés de pitanga e jenipapo
Lavadeiras
Pescadores
Canoeiros
E uma praia de areia branca ao longo dos olhos
Aqui
O horizonte é um infinito
Revoar de garças e andorinhas
Meu mundo é simples
Simples
Como um adro de igreja
Como um presépio de natal

4 comentários:

Unknown disse...

Precioso Claudio! cálido, como un pesébre de Navidad.

Anônimo disse...

Cláudio.
Você é universal.Amei este poema e peço sua autorização para usar ele nas apresentações do coral.Tudo que você faz é encantador.Como a lua que se transforma sempre.VOCÊ VEM COMO A NOITE.Vem sempre encantado.

Cláudio Bento disse...

Imagino que o comentário anônimo seja do poeta e ator Luciano Silveira, é claro que pode usar o poema nasesentações do coral, o que para mim é uma honra. Muito obrigado.

Anninha Soares disse...

E não há nada mais lindo que viver em um mundo simples, feito de sonhos, de paixões, de música e de letra. Letras de poetas simples em sua grandeza, como você, orgulho de nós do Jequi.