Como quem escreve na areia
Rabisco palavras nas àguas do rio
Tudo ali era sacro
Na paisagem de canoas e peixes
De noite deitava-me em cama de varas
Em travesseiros de paina
O escuro do mundo vinha
De fantasmas e mulas sem cabeças
Vinha nas histórias contadas
Pelas avós na hora de dormir
Memória que assalta
E que por um instante ilumina o tempo distante
A infância distante e nunca esquecida
Como as gotas das primeiras chuvas de verão
quarta-feira, 14 de janeiro de 2009
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9 comentários:
Lindos poemas, bento!
La primeras lluvias del verano contienen cierto bálsamo tan necesario para respirar y seguir. En Enero además, las ciudades quedan desérticas...sedientas de voces, de gente caminando, animada...Al menos la poesía es húmeda, como el alba.
Recién leí algo acerca de los desiertos. Dicen los kabalistas que los milagros y las revelaciones siempre ocurren en el desierto y hay una razón: los desiertos no tienen límites. La otra razón que veo es la conciencia de la sed.
Tu poesía Claudio, es un manantial en el desierto.
Gracias.
bento:
estive aqui numas leituras do sertão.
um abraço.
romério
Meu querido Bento,
é muito bom parar no meio do turbilhão diário e vir aqui.
Somos levados à um estado de alma
magnífico, verdadeira viagem num tempo passado (mas nunca esquecido)que reencontramos em seus poemas de forma tão perturbadora.
Vitória Valadares.
Meu querido Bento,
é muito bom parar no meio do turbilhão diário e vir aqui.
Somos levados a um estado de alma
magnífico, verdadeira viagem num tempo passado (mas nunca esquecido)que reencontramos em seus poemas de forma tão perturbadora.
Vitória Valadares.
Escrevemos sim, transcrevemos em páginas de areias ou de águas as inscrições dos écos dessa pauta dos rios que assombram de nosso sertão. Com que maestria se faz a sua escrita nesse sertão!
Hola claudio!!! Rica y rítmica poesía!Además de la forma, tienes un mensaje! Ileana
Cláudio, como se fizeram doces suas palavras na Historia de Canoas e Peixes...Sua sensibilidade é um dom! Dom de nos transportar, dom de reviver, dom de inspirar, dom de fazer ver.
E "Como quem escreve na areia
Rabisco palavras nas águas do rio": Saudade da minha avozinha!
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